10 Considerações sobre Post Mortem, ou como necrotérios podem ser intrigantes e movimentados...

O Blog Listas Literárias leu Post Mortem, de Patricia Cornwell, e nesta lista, 10 considerações sobre a leitura deste emocionante thriller policial: 

1 – Post Mortem, de Patricia Cornwell, é o livro que inaugura a série Scarpetta dissecando o dia-a-dia da médica legista Kay Scarpetta em sua rotina de trabalho no movimentado necrotério de Richmond, especialmente quando ela acaba enfrentando um inteligente Serial Killer. Além disso, o livro tem uma excelente composição gráfica, com uma capa com efeitos luminosos que remetem diretamente ao enredo;

2 – Com uma narrativa bem desenvolvida, o leitor de Post Mortem acaba durante a leitura, mergulhando na série de assassinatos, cuja única pista inicial são os resíduos brilhantes encontrados nos corpos das vítimas, estimulando o leitor a acompanhar o desenlace da trama gradualmente ao avançar das investigações;

3 – E é justamente ao acompanhar as investigações que o leitor invade a vida de Kay Scarpetta, com seus dramas, e com seus problemas familiares, tendo de lidar com isso ao mesmo tempo em que os casos de assassinato acabam muitas vezes descontrolando um pouco de seu estado emocional, jogando-a num turbilhão de sentimentos e suspeitas;

4 – Além da própria Scarpetta, o livro reúne personagens muito interessantes, como Marino, um típico policial americano, cheio de potenciais suspeitos, e uma forma muitas vezes pouco peculiar de liderar com as investigações. Também é possível colocar nesta lista, o companheiro de trabalho de Kay, Wingo, e especialmente sua sobrinha, de QI elevado, Lucy;

5 – Aliás, a história se passa nos anos 90, sem as parafernálias modernas como no CSI, ou computadores e internet disseminadas, mas mesmo assim, a tecnologia está presente e sendo inserida nos trabalhos forenses, sendo de uma colaboração fundamental nas investigações. Já quanto aos computadores a própria Lucy parece compreender melhor que Kay Scarpetta;

6 – A apresentação gráfica dos diálogos entre “aspas” em algum momento pode levar o leitor a confundir-se nas falas. Isto não vem a ser problema, e comigo aconteceu poucas vezes, na verdade a forma apenas chama a atenção de quem prefere os diálogos com seus travessões. Caso deste leitor. 

7 – Post Mortem reúne todos os principais ingredientes para um excelente thriller policial. É inteligente, bem estruturado, e com a ação e suspense necessários para prender o leitor ininterruptamente até chegar á conclusão da leitura. Eu mesmo li-o em três tirões, e só não foi em menos por causa do tempo.

8 – Uma cidade afetada por um serial killer, e um monte de corpos para fazer autópsia já são o suficientes para desestruturar uma pessoa, e o fato de Scarpetta encontrar em seu trabalho desavenças políticas e boicote ao seu trabalho apenas colaboram para dramatizar ainda mais a situação, pois já não bastava a pressão por encontrar um assassino, o risco de perder o emprego também é iminente.

9 – Post Mortem mergulha no mundo doentio de assassinos em série, inclusive com muitas referências ao assunto, e de como este tipo de pessoa pode ser perigosa, já que como muitas vezes citados por Kay, o assassino se torna um Sr. Ninguém, ou melhor, podendo ser todo mundo, qualquer um, seu vizinho, seu colega de trabalho, ou seja alguém que caminha nas sombras com o desejo de matar;

10 – Enfim, Post Mortem é uma leitura mais do que recomendada, e certamente irá agradar todos os tipos de leitores, pois seu texto é conciso e envolvente, proporcionando ao leitor boas doses de suspense, e com um final cheio de ação e revelações, que ao término do livro lhe causará a boa sensação de que a leitura lhe valeu a pena e foi uma ótima oportunidade de entretenimento e também de conhecimento sobre o mundo intrigante e perigoso dos médicos legistas. Especialmente na cidade de Richmond.






1 Comentários

  1. Nossa muuuito legal este seu meio de avaliação !
    Adorei e quero muito conhecer o trabalho desta autora ..

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